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De 4 em 4 anos, o mundo para para assistir ao maior espetáculo esportivo do planeta: a Copa do Mundo de Futebol, que reúne as maiores seleções em busca de um dos troféus mais almejados do esporte.
Só na última edição, no Catar, foram faturados US$ 6,13 bilhões — o equivalente a 83% da receita da FIFA (Federação Internacional de Futebol) entre 2019 e 2022.
O problema? Apesar do sucesso, a entidade ficou dependente da Copa. E, ao mesmo tempo, deixava outra fonte de renda bilionária na mesa: o futebol de clubes.
Na prática, enquanto a FIFA só fatura de verdade a cada 4 anos, as ligas nacionais — como o Brasileirão e a Premier League — e as competições continentais — como a Champions League e a Libertadores — geram receitas constantes.
Pensando nisso, a principal entidade do futebol decidiu inaugurar uma nova (e ao mesmo tempo antiga) competição: a Copa do Mundo de Clubes.
A trajetória do evento remonta ao século passado, com competições como a Copa Rio ou a Copa Toyota — que até hoje são questionadas quanto à validade como título mundial.
A primeira Copa do Mundo de Clubes organizada pela FIFA aconteceu em 2000, no Brasil, com o Corinthians como campeão inédito.
Contudo, o evento com 8 equipes não foi para frente por dificuldades financeiras e falta de interesse do público.
Uma nova edição só foi realizada cinco anos depois, com apenas 6 clubes (um de cada continente) e um total de quatro partidas.
Apesar de se manter ao longo dos anos, a competição teve pouco protagonismo e pouca diversidade de campeões. Das 18 edições, 15 foram vencidas por equipes europeias, enquanto as outras 3 ficaram com times brasileiros.
Para vários clubes, o título tinha pouca relevância. Para muitos torcedores, o torneio era sem emoção. Para os patrocinadores, não era rentável — eram apenas 4 jogos, contra 64 do Mundial de seleções, por exemplo.
Após mais de 10 anos carregando um torneio pouco lucrativo e atrativo — e vendo a UEFA crescer com a Champions e a Conmebol com a Libertadores —, a FIFA anunciou um novo formato, inspirado na Copa do Mundo de seleções.
A proposta? A cada 4 anos, 32 clubes de todos os continentes disputam partidas em um único país, com uma premiação total de US$ 1 bilhão.
Para financiar um evento dessa magnitude, a FIFA atraiu parceiros tradicionais, como Coca-Cola, Visa e Aramco, além de nomes mais controversos, como o PIF (Fundo de Investimento Público Saudita).
Com a escolha dos Estados Unidos como sede — aproveitando que o país também receberá a Copa do Mundo de seleções em 2026 —, tudo estava pronto para o início do torneio em junho de 2025.
Apesar da dificuldade para vender ingressos — que chegaram a custar apenas US$ 4 —, o novo Mundial começou com 60 mil torcedores nas arquibancadas, assistindo o Inter Miami, de Lionel Messi. Confira a cerimônia de abertura abaixo.
Nos jogos seguintes, o evento começou a empolgar até os torcedores mais céticos, com partidas emocionantes e várias surpresas — principalmente por parte dos times brasileiros.
Para se ter uma ideia, desde o início do torneio, as buscas por "Brazilian League" dispararam, algo quase inimaginável sem a visibilidade gerada pela competição.
E os números não mentem: só na primeira rodada da fase de grupos, mais de 500 mil fãs estiveram nos estádios, com média de 30 mil por partida — e uma expectativa de gerar US$ 9,6 bilhões para o PIB dos EUA.
Apesar do buzz inicial contrário ao evento — com críticas ao excesso de jogos na temporada e alegações de que o Copa do Mundo seria desnecessária" —, poucos perceberam que a FIFA estava jogando no longo prazo.
Realizar o torneio nos Estados Unidos é um primeiro passo para aumentar a presença da entidade no mercado esportivo americano, estimado em US$ 55 bilhões — algo semelhante ao movimento recente da Fórmula 1 no país.
Além disso, o novo formato foca em aumentar a visibilidade global do torneio e atrair patrocinadores, usando o storytelling da inclusão de clubes de todos os continentes para criar um evento verdadeiramente global.
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