🎵 This is the end. A luta do último sábado com o grande rival Chael Sonnen marcou a despedida de Anderson Silva do Brasil. A luta em si deixou muuuiiito a desejar, mas a história do “Spider” nas artes marciais, não.
Nascido em São Paulo, Anderson se mudou logo aos 4 anos para a cidade de Curitiba (PR), onde começou a treinar taekwondo desde muito cedo. Com 18 anos, já era faixa preta da modalidade e começou a aprender muay thai, boxe, jiu-jitsu, judô e capoeira.
A jornada nas artes maciais se iniciou somente aos 22 anos, quando Anderson Silva começou a lutar no MMA pelo Brazilian Freestyle Circuit. Quatro anos depois foi a vez do brasileiro voar mais alto com combates internacionais.
De 2002 a 2006, o brazuca lutou pelo Pride, categoria importantíssima do MMA mundial que foi comprada em março de 2007 pelos irmãos Fertitta e Dana White, proprietários do UFC.
Trajetória no UFC
O início de Anderson Silva no UFC foi fulminante, com um nocaute em Chris Leben aos 49 segundos do primeiro round do Ultimate Fight Night. Logo em seguida, conquistou o cinturão Peso Médio ao derrotar Rick Franklin.
Entre 2006 a 2012, Spida foi imbatível. Venceu 17 lutas consecutivas, sendo 10 defesas de título.
🔑 Os destaques. Dentro desse show de vitórias, duas lutas são quase que memoráveis para a carreira do brazuca. A primeira ocorreu no UFC 117 (07/08/2010) contra o americano Chael Sonnen.
Depois de inúmeras provocações afirmando que venceria o lutador brasileiro, Sonnen dominou os quatro primeiros rounds, mas foi surpreendido com uma chave de braço de Anderson Silva nos últimos dois minutos que garantiu a vitória ao Spida — relembre aqui.
“A luta do século”. Um ano e meio depois, foi a vez de Silva derrotar seu compatriota Vitor Belfort em um dos combates mais históricos do MMA.
O motivo? Um nocaute espetacular vindo de um chute na cara de Belfort e uma sequência de dois socos, aos 3min25s do 1° round, para finalizar o adversário. A cena viralizou e ajudou no crescimento do esporte aqui no Brasil.
O fim da invencibilidade veio em julho de 2013, quando Anderson Silva perdeu o cinturão do Peso Médio para Chris Weidman. O brasileiro tentou se esquivar, mas acabou atingido com esse soco no queixo e acabou nocauteado.
⚠️ Alerta de cenas fortes. Spider e Weidman voltaram a se enfrentar em dezembro daquele ano. Numa tentativa de chute, Anderson Silva quebrou a perna e precisou deixar o octógono de maca. Assim, houve nocaute técnico. Relembre essa cena histórica do esporte.
(Imagem: Getty Images | Reprodução)
A sombra da carreira
O retorno de Anderson Silva ao octógono ficou marcado como o momento mais negativo de sua carreira. Em janeiro de 2015, “Spider” venceu Nate Diaz por decisão da arbitragem, mas o resultado foi anulado depois do brasileiro ser pego no exame antidoping.
Um exame realizado poucos dias antes da luta acusou o uso dos metabólitos de drostanolone e androsterona. No dia da luta, um novo exame confirmou a presença das substâncias proibidas.
A justificativa: A defesa alegou que um dos suplementos utilizados pelo lutador estava contaminado.
O veredito: As explicações não foram aceitas e o atleta foi suspenso por um ano. O resultado da luta contra Nate Diaz, vencido pelo brasileiro, foi alterado para “sem resultado”.
Após retorno da punição, Silva venceu apenas uma de seus cinco combates seguintes. O adeus ao MMA ocorreu em 31 de outubro de 2020, quando o brasileiro foi derrotado por nocaute técnico pelo jamaicano Uriah Hall. Ao todo foram 34 vitórias e 11 derrotas na carreira.