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Com o fim do prazo determinado pela Lei Geral do Esporte, no último 30/04, os clubes brasileiros precisavam divulgar seus balanços financeiros de 2024. Da Série A, muitos cumpriram. Atlético-MG, Botafogo, Juventude e Mirassol ignoraram a exigência.

Mas entre os que prestaram contas, o retrato é claro: as receitas cresceram, mas os déficits e as dívidas explodiram.

O Flamengo, maior arrecadação em 2024 com R$ 1,3 bilhão — 4º ano consecutivo acima do bilhão —, viu suas dívidas aumentarem para R$ 327 milhões, muito em função da compra de jogadores e do terreno de seu futuro estádio.

O Corinthians, 3º colocado, bateu recorde de arrecadação com R$ 1,1 bilhão, mas fechou o ano com um déficit de R$ 182 milhões. Pior: a dívida saltou para R$ 2,56 bilhões — R$ 829 milhões em apenas 1 ano.

O São Paulo, mesmo com o 4º maior faturamento, teve o pior resultado de sua história, com o déficit de R$ 288 milhões e aumento da dívida para R$ 968 milhões.

Mesmo com receitas de bilheterias, cotas de TV em alta e patrocínios maiores, as folhas salariais seguem infladas, e a dependência da venda de jogadores continua como principal fonte para tapar buracos. O futebol BR ganha mais, mas gasta ainda pior.

Na contramão, Palmeiras, Fluminense e RB Bragantino foram os únicos a fechar o ano no azul. O Verdão arrecadou R$ 440 milhões só com vendas de atletas (quase o dobro do orçado) e aumentou sua receita de marketing em 64% na gestão Leila Pereira.

Diferente do Palmeiras, que investiu em seu elenco com base na arrecadação, a “manutenção do elenco competitivo”, como fez o Corinthians e como justificou o presidente do São Paulo, Julio Casares, é uma marca das diretorias associativas.

O “gastar sem poder e deixar a conta para as administrações futuras pagarem” era algo que as SAF’s surgiram para solucionar, mas têm falhado em transparência.

O primeiro balanço da SAF do Vasco, sob gestão de Pedrinho, foi um relatório de 4 páginas, sem auditoria, publicado momentos antes do prazo expirar — com promessa de versão completa só em junho.

A legislação prevê punições para quem não divulga os dados no prazo, mas, na prática, a fiscalização é quase nula. O que deveria ser um mecanismo de controle virou formalidade ignorada por quem mais deveria dar exemplo.

Diante desse cenário, fica a dúvida: os clubes brasileiros conseguirão aproveitar o bom momento do mercado — e a própria lei das SAF’s — para mudar de vez suas formas de gerenciamento? Ou o país do futebol vai seguir também como o país das dívidas?

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