👑 Se a NBA fosse uma monarquia, Bill Russell seria o rei absoluto. O pivô que revolucionou o basquete dentro de quadra e quebrou barreiras fora dela foi um dos maiores vencedores da história do esporte, mas nunca se limitou a erguer troféus.
Com 11 títulos da NBA em 13 temporadas pelo Boston Celtics, 5 prêmios de MVP e um impacto defensivo que redefiniu o jogo, Russell se tornou lenda. Mas seu verdadeiro legado vai muito além das estatísticas.
Domínio sobrenatural em quadra
(Bettmann/CORBIS)
Nascido em 12 de fevereiro de 1934, no segregado sul dos Estados Unidos, Russell viu de perto as dificuldades impostas pelo racismo desde cedo. Ainda jovem, sua família se mudou para a Califórnia, onde ele começou a mostrar talento no basquete.
Mesmo sem muita técnica nos primeiros anos, seu porte físico e capacidade atlética o levaram à Universidade de San Francisco, onde conquistou 2 títulos da NCAA (1955 e 1956).
Impacto imediato com uma cartada de mestre. No draft de 1956, os Celtics tinham 3ª escolha geral, e conseguiram trocar Ed Macauley e Cliff Hagan pela 2ª escolha e ainda convenceram o time da 1ª pick a não pegar Russell, supostamente com um show do Ice Capades.
O resultado? O maior campeão da NBA e uma dinastia lendária. Russell transformou a defesa da equipe celta, elevando o jogo a um novo patamar com sua marcação feroz e uma capacidade absurda de pegar rebotes e distribuir tocos.
Em 963 partidas na NBA, ele acumulou mais de 21.620 rebotes, liderando a liga no quesito por 4 temporadas.
Com Russell ancorando a defesa, Boston construiu uma dinastia inalcançável. Entre 1957 e 1969, foram 11 títulos, incluindo 8 consecutivos (1959 a 1966).
(Imagem: Getty Images)
Mas não para por aí. Ele também se tornou o 1° treinador negro da NBA, comandando a equipe nas últimas três temporadas de sua carreira.
Em termos de conquistas esportivas, poucos chegaram perto, sendo, disparado, o jogador mais vencedor da história da NBA. Contudo, sua maior batalha foi travada fora das quadras.
O preço de ser negro nos anos 60
Mesmo sendo a estrela do Celtics, Russell nunca foi plenamente aceito pela torcida de Boston. Durante sua carreira, enfrentou insultos racistas nas arquibancadas e fora delas.
Em um episódio grotesco, teve sua casa invadida, vários troféus destruídos e insultos raciais pichados nas paredes. Em resposta, ele descreveu Boston como um "mercado de racistas". Mas isso foi apenas um dos episódios…
Os torcedores dos Celtics se recusavam a encher o ginásio porque o time tinha muitos jogadores negros;
Durante uma turnê dos All-Stars, ele e seus colegas negros foram proibidos de se hospedar em um hotel na Carolina do Norte;
Em 1961, Russell e outros atletas boicotaram um jogo em Kentucky depois de serem barrados em um restaurante.
Nos anos 1960, Russell marchou ao lado de Martin Luther King Jr. e protestou contra a segregação em restaurantes e boicotou eventos em locais discriminatórios.
(Imagem: Getty Images)
Um legado eterno
Mesmo após sua retirada das quadras, Russell seguiu como um ícone do ativismo. Em 2011, recebeu das mãos de Barack Obama (então presidente americano) a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honraria civil dos EUA.
A homenagem foi um reconhecimento por sua luta incansável contra o racismo e pela igualdade.
Curiosamente, ele nunca compareceu a duas das maiores celebrações de sua carreira: a cerimônia de aposentadoria de sua camisa pelo Celtics, em 1972, e sua introdução ao Hall da Fama, em 1975.
Para Russell, o reconhecimento tinha que vir da sociedade como um todo, e não apenas do mundo do basquete.
Até a ascensão de Michael Jordan nos anos 80 e 90, Russell era frequentemente apontado como o maior jogador de basquete da história.
(Imagem: Getty Images)
Em 2022, a NBA tomou a histórica decisão de aposentar o número #6 de todas as franquias da liga, uma homenagem digna do maior vencedor que o basquete já viu.
Mas sua verdadeira grandeza está na forma como usou sua plataforma para lutar por algo maior do que o jogo. Bill Russell não foi apenas um vencedor. Ele foi um guerreiro, dentro e fora de quadra.
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