Na paradisíaca Cloudbreak, em Fiji, um dos grandes palcos do surfe mundial, 2 novos nomes foram eternizados no dia 2 de setembro de 2025.
Yago Dora e Molly Picklum, líderes do ranking, coroaram o desempenho de toda a temporada ao se consagrarem campeões mundiais pela primeira vez, vencendo o WSL Finals — o formato mata-mata que decidiu o título mundial de surfe nos últimos 5 anos.
O caminho de Dora até Fiji foi marcado por resiliência e ascensão contínua. Eliminado precocemente na abertura da temporada em Pipeline, no Havaí, o brasileiro se recuperou na 3ª etapa ao vencer em 🇵🇹 Peniche.
Após uma pequena oscilação nas etapas de Punta Roca, em El Salvador, e nas 3 da perna australiana (Bells Beach, Gold Coast e Margaret River), Yago voltou a vencer na 8ª etapa, em 🇺🇸 Trestles, na Califórnia, e chegou ao 2º lugar geral no circuito.
A lycra amarela, cor característica do líder, foi assumida na penúltima etapa, em 🇿🇦 J-Bay, quando ele também carimbou a vaga para o Finals.
Assim, disputou a última etapa, em 🇵🇫 Teahupo'o, no Taiti, já como líder do ranking.
Definidos os 5 melhores do ano para o Finals, o Brasil se encheu de esperança com a possibilidade de uma final 100% brazuca. Para isso, Italo Ferreira, o #5 do ranking, teria que vencer baterias únicas e eliminatórias contra os 3 surfistas à sua frente.
A vitória sobre o grande rival Jack Robinson teve um sabor especial — e contou com esse lindo tubo —, mas o campeão de 2019 parou no #3 🇺🇸 Griffin Colapinto, que ainda eliminou o #2 🇿🇦 Jordy Smith, garantindo vaga na decisão contra Yago Dora.
🏄♂️ Com a vantagem de precisar disputar apenas uma bateria, Yago não deu chances a Colapinto e confirmou o título: 15.66 a 12.33.
Nas ondas limpas de Cloudbreak, Yago construiu sua vitória com autoridade: abriu com uma nota 7.33 e, em seguida, arrancou um impressionante 8.33 em manobras que mostraram seu domínio e a grande fase que vive — veja aqui.
Mesmo com Colapinto pressionando até o último segundo, o brasileiro manteve o controle até o fim da bateria e confirmou o tabu entre os homens: nunca os desafiantes venceram sequer uma bateria da finalíssima.
O título de Yago Dora não é isolado, mas parte de uma era de supremacia brasileira no surfe masculino.
Desde 2014, em 11 campeonatos disputados, o Brasil conquistou 8 títulos.
Yago Dora se tornou o 5º brazuca a ser campeão mundial — antes dele, Gabriel Medina (3x), Adriano de Souza, Italo Ferreira e Filipe Toledo (2x) já haviam levantado a taça.
Só no formato Finals, adotado desde 2021, os brasileiros venceram 4 das 5 edições disputadas.
Para 2026, temporada que marcará os 50 anos do surfe profissional, a WSL prepara mudanças, e a principal delas será o fim do formato eliminatório pelo título, com a volta do sistema de pontos corridos somados nas 12 etapas da temporada.
A categoria feminina também será expandida de 18 para 24 surfistas e o calendário mudará: em vez de janeiro a setembro, passará a ser de abril a dezembro, terminando em Pipeline, no Havaí, entre 8 e 20 de dezembro. Veja mais detalhes aqui.
Com todo o domínio nos últimos anos e empolgados com mais um campeão mundial, o Brasil já prepara o pedido para o Papai Noel em 2026: mais uma temporada de tempestade verde e amarela no surfe mundial.
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