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Na era das câmeras onipresentes, um estádio virou tribunal. Um CEO aparece na “kiss cam” ao lado da diretora de RH — com quem, segundo o LinkedIn, compartilhava muito mais do que reuniões.

A reação de “susto” dos dois faz o vídeo viralizar e toda aquela coragem que tiveram para mentir aos seus, não tiveram para permanecer de pé — nem de cabeça erguida — quando o telão brilhou.

Esse episódio é só o sintoma mais visível de algo maior — e mais preocupante. O casamento virou qualquer coisa.

No Brasil, o ano de 2023 bateu recorde: foram mais de 420 mil divórcios.

O tempo médio entre o casamento e o divórcio agora gira em torno de 14 anos, o menor já registrado.

Mais da metade dos divórcios (53,3%) ocorreram entre casais com filhos menores de idade.

O caso do CEO é só mais um slide no PowerPoint da decadência conjugal e de compromissos.

Uma sociedade que normaliza o adultério e trata o divórcio como troca de plano telefônico não está libertando ninguém — está apenas perdendo o senso do que é uma promessa.

Mas voltando ao divórcio, o que quem vende separação como solução não mostra é que pessoas divorciadas tendem a se divorciar mais depois da primeira vez.

A chance de um segundo casamento terminar em divórcio ultrapassa 60%, quase 20% a mais que a chance de um primeiro casamento. A taxa de dissolução de segundos casamentos, inclusive, tende a ser mais rápida.

No terceiro divórcio, a chance de dar errado é quase 3 em cada 4. Ou seja, quem já passou por um divórcio não só está mais propenso a repetir o ciclo, como fazer de forma mais veloz.

Byron também vai trabalhar mais, mas terá menos dinheiro para seus filhos, mesmo sendo bilionário.

Ao menos, é o que registros fiscais e do Censo de mais de 5 milhões de famílias americanas identificaram: após a separação, a renda familiar de ambos cai 30%, mesmo com os pais trabalhando em média 16% a mais, e as mães, 8%.

Não se trata de moralismo, nem de julgamento — é mais para matemática e bom uso da razão. Mostrar o custo de uma época que romantiza a liberdade, mas desvaloriza o compromisso.

E antes de encerrar, você não se chama Andy Byron e talvez não seja diretora de RH, mas se suas atitudes e pensamentos também fossem expostas em um telão, vale pensar se você também não se esconderia.

Será que o prazer do momento vale o tormento do dia seguinte?

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