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"Pai, quero ser campeão mundial.”
Foram com essas palavras que Gabriel Medina, aos 11 anos, começaria a jornada que mudaria a história do surfe brasileiro.
Natural de São Sebastião, cidade litorânea de São Paulo, Medina teve seu primeiro contato com o surfe aos 8 anos, quando foi morar com sua mãe após a separação de seus pais.
Seu padrasto, Charles Rodrigues, era triatleta e surfista amador, e “apresentou” ao menino as ondas do mar de Maresias, local perfeito para iniciar sua trajetória sobre as pranchas.
Determinado desde cedo a se tornar um vencedor, o sucesso chegou rápido e, em menos de 2 anos, Medina já conquistava o campeonato Rip Curl Grom Search em Búzios, Rio de Janeiro, na categoria sub-12.
Dali em diante, Gabriel empilhou taças mundo afora, mas seu destino começaria a mudar completamente aos 15 anos, quando assinou um contrato milionário com a Rip Curl e se tornou surfista profissional.
Antes mesmo de completar a maioridade, Medina já fazia da elite mundial do surfe, o WCT.
Aos 20 anos, ele se tornou o 1º brasileiro a conquistar o título mundial de surfe, momento que deu start a uma onda gigante (com o perdão do trocadilho, risos) de triunfos e de domínio brasileiro no esporte, a chamada Brazilian storm.
Depois de bater na trave nas temporadas seguintes, Medina voltou a topo do mundo em 2018 e, três anos depois, desbancou o compatriota Filipe Toledo na grande final para faturar o tri.
Logo após o 3° título mundial, Gabriel Medina decidiu dar uma pausa para cuidar da sua saúde mental e tratar de uma lesão no ligamento do joelho.
De volta aos mares em 2023, Medina ficou de fora do Top 5 mundial e terminou a temporada na 7ª colocação.
Favorito a medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o brazuca acabou decepcionando ao ser eliminado na semifinal pelo japonês Kanoa Igarashi em um resultado que gerou extrema polêmica.
Já para as Olimpíadas de Paris, Medina conseguiu a classificação de maneira heroica após conquistar o título no ISA Games, disputado em Porto Rico, no início de março.
Atualmente, Medina ocupa a 6ª posição do ranking mundial, mas o ótimo retrospecto nas ondas do Taiti — 2 títulos e 4 vice-campeonatos — o credenciam como forte favorito a medalha de ouro nas Olimpíadas.
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