Nascida numa família de origem humilde no interior de Pernambuco, Jaqueline Carvalho seguiu a mesma trajetória de importantes atletas ao entrar em contato com o esporte logo na infância.
O início de tudo…. Ainda pequena, Jaque recebeu de sua mãe uma bola de vôlei, presente barato e que poderia ser compartilhado com sua irmã.
Quem diria que essa simples “lembrança” transformaria a vida da garota. Não demorou para a jovem se apaixonar pelo esporte, chegando ao ponto de matar aula para conseguir jogar ainda mais.
Aos 14 anos, uma proposta do Osasco fez com que Jaqueline deixasse tudo para trás e decidisse ir atrás do seu sonho em São Paulo.
A recompensa veio rápido e, três anos depois, Jaque já havia sido premiada como a melhor jogador do Campeonato Juvenil de seleções.
Mas era no auge do seu estrelato que a jogadora teria que enfrentar a primeira de suas inúmeras batalhas…
(Imagem: X | Reprodução)
Após o Mundial, Jaqueline rompeu uma veia da mão direita em decorrência das pancadas bruscas na bola, provocando uma trombose.
A situação era tão grave que chegou a ouvir dos médicos que precisaria amputar o braço.
Felizmente, não foi preciso. O tratamento no hospital conseguiu coagular o sangue, e a amputação foi descartada.
Mas a zika tava solta. Mal deu tempo de sair do hospital, e a Jaque já estava de volta. Logo na primeira partida de seu retorno às quadras, a jogadora se desequilibrou e acabou rompendo o ligamento cruzado do joelho esquerdo.
Um ano de tratamento se passou… Quando ela voltou — adivinhe — ela rompeu o mesmo ligamento. Dá pra acreditar? Haja resiliência….
(Imagem: COB | Reprodução)
Desistir nunca foi uma opção. Jaqueline tinha motivos de sobra para se baquear com as adversidades da vida, mas decidiu bloquear os obstáculos e seguir em frente.
Os resultados vieram rápido e, em 2006, conquistou a medalha de prata no Campeonato Mundial, além do tão almejado Ouro Olímpico, em Pequim — o primeiro da história do voleibol feminino.
Medalhas e mais medalhas no peito.Pelos clubes e pela seleção. Tudo levava a crer que os momentos difíceis haviam ficado no passado.
Mas, quando se menos espera, um instante pode mudar todo o restante de uma carreira.
Novamente, Jaqueline foi amplamente protegida pelos deuses do esporte e nada de grave ocorreu com ela, precisando apenas passar dois meses com um colar cervical.
Como diz o ditado: depois da chuva, sempre vem o sol… Um ano depois do lance que poderia ter sido uma tragédia em sua vida, lá estava Jaqueline — carinhosamente conhecida como a musa do Vôlei — mais uma vez no topo do pódio olímpico.
Além dos ouros nos Jogos Olímpicos, Jaque alcançou grandes conquistas: