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Dizer que a prática esportiva leva a mudanças completamente significativas e inimagináveis. Isso pode parecer um mero clichê… Mas poucas coisas provam mais isso que esta história.
Nascida na popular comunidade carioca Cidade de Deus — sim, a do filme —, Rafaela Lopes Silva encontrou no judô a maneira ideal de canalizar sua agressividade.
O que antes estava presente em brigas de rua passaria a ser, futuramente, embates pelos melhores tatames do mundo.
Se não bastasse, ela ainda tinha o costume de fugir da escola, mas foi através da arte marcial japonesa que pôde aprender a disciplina que tanto lhe faltava.
Rafa Silva começou a praticar judô com apenas 5 anos em uma associação de moradores da favela.
Tempos depois, em 2000, intensificou os treinamentos no Instituto Reação — projeto do ex-judoca e medalhista olímpico Flávio Canto.
Aos 16 anos, Rafaela já acumulava resultados satisfatórios e teve o Mundial Sub-20 como sua primeira grande conquista na modalidade.
Três anos mais tarde, a estreia no Pan-Americano estava sendo surpreendentemente especial, com direito a vitória em cima da lendária Ketleyn Quadros — primeira brasileira medalhista olímpica no Judô.
🥈 Mas o balde de água fria veio com a derrota para a cubana Yurisleidys Lupetey.
Meses depois, ainda em 2011, a Rafa teve a mesma sina e precisou se contentar com a medalha prateada novamente, desta vez no Mundial de Judô.
Do céu ao inferno! O ano de 2012 tinha tudo para coroar a trajetória vitoriosa e de extrema superação dela com um pódio nos Jogos Olímpicos de Londres, mas quando menos se espera, o tombo vem….
Não, Rafaela não foi aplaudida pelo público. Ela simplesmente foi humilhada por uma parte do seu próprio povo após ser desclassificada do peso-leve devido a um golpe ilegal contra a húngara Hedvig Karakas.
Após a eliminação, a brasileira precisou ler e ouvir frases — inclusive racistas — como “vergonha da família”, “macaca” e “lugar de macaco é na jaula”.
Rafaela pensou em desistir, precisou ser forte o suficiente para retornar ao tatame para enfrentar as adversárias e o preconceito. Assim iniciava a sua reviravolta…
No ano seguinte à Olimpíada, Rafa finalmente conquistou o lugar mais alto do judô ao vencer o campeonato mundial, tornando-se a primeira brasileira na história a alcançar tal feito.
Tava tudo escrito… Aquela menina tinha e merecia vencer dentro da sua casa novamente, justamente na “Cidade de Deus”. As forças divinas colaboraram para que a estrela daquela Silva brilhasse da sua casa.
Embalada pelo ginásio lotado gritando pelo seu nome, Rafaela Silva derrotou a judoca Dorjsürengiin Sumiyaa na grande decisão para receber — de uma vez por todas — a medalha de ouro olímpica. 🥇
Talvez você tenha estranhado a ausência da judoca nas últimas Olimpíadas, em Tóquio…
A explicação: A punição sofrida por Rafaela pela existência de uma substância ilícita no exame antidoping da atleta realizada logo após o Pan de 2019.
Rafa voltou em 2022 para logo se sagrar bicampeã mundial e ainda conquistar mais uma medalha dourada no Pan-Americano de Santiago, em 2023.
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