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O mundo da bola laranja sofreu um abalo. Após 29 anos como técnico do San Antonio Spurs, Gregg Popovich anunciou que deixará de comandar o time à beira da quadra, se dedicando a ajudar a franquia como presidente de operações.
Após se afastar em novembro/24 por conta de um pequeno AVC, ele comunicou ao elenco, em fevereiro/2025, que não comandaria mais o time na temporada, mas ainda esperava voltar no futuro — o que não vai acontecer.
No banco por quase 3 décadas, conduzindo o time a 5 títulos, se tornando o maior vencedor de todos os tempos da liga e incluído no Hall da Fama do Basquete, sua saída põe fim a uma era que redefiniu o que significa vencer com consistência.
Popovich chegou a San Antonio em 1994 como general manager e se tornou técnico em 1996, após demitir Bob Hill e se declarar o substituto. Sua 1ª vitória na história da liga teve uma intensa comemoração — veja aqui.
Em 1997, com a 1ª escolha do Draft, a franquia selecionou Tim Duncan e iniciou uma das parcerias mais vitoriosas do esporte.
No primeiro ano de comando já foram 56 vitórias, e o 1º título veio em 1999. Os demais foram em 2003, 2005, 2007 e 2014. Além disso, ele foi eleito o Treinador do Ano por 3x: 2003, 2012 e 2014 — recordista ao lado de Don Nelson e Pat Riley.
Com um estilo que priorizava o coletivo, a defesa intensa e uma cultura que ultrapassava o vestiário, Popovich não apenas venceu, como formou campeões. Jogadores como Tony Parker, Manu Ginóbili e Kawhi Leonard subiram o nível sob seu comando.
Até mesmo técnicos rivais, como Erik Spoelstra e Steve Kerr, reconhecem sua influência como mentor e estrategista.
Os números de sua vitoriosa e longeva carreira impressionam:
Popovich foi pioneiro no controle de carga, priorizando o descanso para chegar mais forte aos playoffs — mesmo sob críticas e multa da NBA em 2012. Hoje, a prática virou padrão, com regras e critérios até para as premiações individuais.
A personalidade forte, que o fez bater de frente com a liga, também causava más respostas aos repórteres — aqui alguns exemplos —, poucos detalhes de suas táticas e menos ainda da sua vida pessoal.
Mas ele também tinha alguns momentos bem humorados, como essa falta em Shaquille O'Neal com 5 segundos de jogo — um dos lances mais marcantes da história da liga.
Seu legado vai além das quadras. Foi voz ativa contra o racismo, a desigualdade social e nunca teve medo de expressar suas opiniões. Era respeitado tanto pela técnica quanto pelos princípios.
Por amor ao país, aceitou o cargo como técnico da seleção americana de basquete para a Copa do Mundo de 2019 e para as Olimpíadas de Tóquio dois anos depois.
O 7º lugar na Copa do Mundo foi a pior colocação de uma equipe americana que contou com jogadores da NBA. Ele então liderou a reconstrução e conquistou o ouro em Tóquio, em 2021.
"Embora meu amor e paixão pelo esporte permaneçam, decidi que é hora de me aposentar como técnico principal. Sou eternamente grato aos maravilhosos jogadores, técnicos, comissão técnica e torcedores que me permitiram servi-los como técnico principal do Spurs. Estou animado com a oportunidade de continuar apoiando a franquia, a comunidade e a cidade que são tão significativas para mim."
A decisão de se afastar definitivamente acontece 2 anos após uma tentativa de reconstrução da franquia em torno da estrela francesa Victor Wembanyama, apontado como o próximo grande jogador de San Antonio e tem correspondido às expectativas.
Após divulgar um vídeo de homenagem ao Coach Pop, o Spurs confirmou que Mitch Johnson, que dirigiu o time de forma interina para 31 vitórias e 45 derrotas na temporada 2024/25, será seu substituto de forma oficial.
O último jogo como técnico passou quase despercebido — como ele gostava —, mas a marca deixada é eterna. Porque Gregg Popovich não foi apenas o maior técnico da história do San Antonio Spurs. Ele foi a alma de uma franquia. E sua cultura já está eternizada.
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